segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Alguns sinais

  As ruas parecem verdadeiros formigueiros. A população cresce vertiginosamente como temos constatado nestes últimos anos. Fui ao mercado comprar alguma coisa que faltava. Abarrotado de gente também estava o interior do mercado, depois de vereficar  a conferir a lista de compras aguardava minha vez na  fila que se estendia por um dos corredores. Ao me aproximar da gôndula de revitas uma cena me chamou atenção. Entre as celebridades, em suas posses de capa, depósitos de confiança e auto-estima,  vê-se uma foto de Jesus ensanguentado, sofrendo as dores de sua eminente cruxificação . Naquele momento me perguntava se aqueles que possavam e mesmo os que passavam apresados pela fila do mercado, tinham a noção de que alguém havia dado sua própria vida por elas.    O que na verdade eu assistia naquele instante era a crucificação reeditada com requintes tecnológiocode crueldade.  A minha volta, gente apressada esbarrando sem pedir desculpas. Apressada para ir pra casa, para ir para o curso, para pagar a conta... Junto a esse alvoroso o cheiro de podre aumenta a cada dia. As pessoas estão doentes, insensíveis...existe uma aparente normalidade que vemos explodir em rebeliões penitênciarias, disputas entre gangs (as pequenas  visíveis e as grandes, sorrateiramente cobertas pela midía ), sintomas de uma grande doença social. As leis feitas por homens já não satisfasem e não garantem a ordem. Prestemos atenção, pois eis que surgirá aquele que implementará  A NOVA ORDEM....É hora de vigiar e orar!!!!        

2 comentários:

  1. E as pessoas da fila, que eventualmente não tinha noção de que alguém *supostamente* deu sua vida por elas: por acaso elas tinham alguma obrigação de sabê-lo?

    Na mesma fila do mercado poderia haver um muçulmano, questionando silenciosamente, com aquela pontinha de indignação misturada com pena, se aqueles pobres mortais ao seu redor se dão conta de que um homem foi escolhido por Deus para ser seu representante entre os humanos e que este homem se chama Maomé.

    E quem sabe um outro cliente do mercado estivesse ali, olhando para os outros e se perguntando se alguém ali saberia que o povo escolhido por YHWH é o povo judeu, e não qualquer outro?

    Mas quem sabe houvesse ainda um quarto cliente na fila, imaginemos um sobrevivente do maior genocídio que a humanidade já viu e que foi a Conquista das Américas empreendida pelos europeus, com a cruz na mão esquerda e a espada suja de sangue inocente na mão direita, e que ele estivesse ali, no mesmo momento que você, Ramos, e ao ver uma imagem sobre Macchu Picchu numa revista sobre turismo, ele se perguntasse "a se aqueles que possavam e mesmo os que passavam apresados pela fila do mercado, tinham a noção de que" as civilizações pré-colombianas, antes de serem massacradas pelos cristãos, já possuíam um complexo e riquíssimo sistema social e de crenças, muito mais antigo e harmônico que o fanatismo irradiado do Oriente Médio e que hoje se tornou norma no mundo todo?

    Agora fica uma pergunta de alguém que não estava no mercado: dentre esses quatro clientes do mercado

    -o do cristão que se julga salvo e privilegiado em relação aos demais por ter conhecimento de Jesus e que por isso oha para o resto do mundo com CONDESCENDÊNCIA travestida de amor e piedade

    -o do muçulmano que se julga o único realmente abençoado ali por reconhecer que o verdadeiro profeta é , obviamente, Maomé

    -o do judeu que se crê abençoado por fazer parte do único povo realmente escolhido

    -o do índio, que é herdeiro das tradições ancestrais das Américas

    O que difere os pensamentos desses quatro clientes do mercado, Ramos?

    Pois é. São todos baseados na ordem SOCIAL e não na ordem natural. Significa que o conhecimento que eles julgam ser absoluto, foi construído tijolo por tijolo formando um amálgama social e que portanto nada tem de absoluto, é, sim, inteiramente relativo e possui valor e caráter de "verdade" apenas e tão somente a quem OPTA por acreditar em uma verdade pré-fabricada em detrimento de outra.

    Mas pelo menos as tradições dos indígenas não tinham em si esse caráter profundamente virótico e esse impulso interior comum a todos os infectados por uma religião abraâmica de converter o mundo, de modificar os outros, de transformar, homogeneizar e pasteurizar todos que forem diferentes, até que todos finalmente sejam iguais a você, iguais ao dominador, iguais ao proselitista.

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  2. Olá Eduardo!!
    Obrigado pela visita. Te agradeço também a forma polida com a qual você critica meu texto.Geralmente os comentários são muito agressivos quando se trata de concicções...
    A resposta que posso lhe dar talvez não te satisfaça, pois apenas creio que Jesus é meu Salvador. Entre os mestres ele foi o único que ressucitou, não há outro!!Me sinto privilegiado em ter a salvação em Cristo, mas sei também,Eduardo, que serei perseguido...você sabe porque? Porque toda a nova estrutura que está se formando (social,economica e politica ) será terminantemente contrária ao cristianismo...aqueles que se levantarem contra as novas diretrizes serão perseguidos taxados de insanos, psicóticos, esquizofrênicos e de mentes atrazadas (com crendices medievais).
    Um forte abraço!!!

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